domingo, 19 de dezembro de 2010

Como fazer o Programa do Jô

Existem 4 tipos de entrevistados, basicamente:

a) Algum figura. Aqui entram artistas de rua espalhafatosos, alguém que foi pobre e hoje é rico (e está lançando livro sobre como ficar rico), nordestinos divertidos, e o Rogério Skylab.

b) Médico. Aqui, temos uma subdivisão importante: ou o médico tem alguma especialidade relacionada a sexo, momento em que o Jô desfila sua minúscula gama de trocadilhos; ou é um especialista sério (que está lançando um livro), de quem o Jô não consegue arrancar nenhuma piada. Ninguém presta atenção.

c) Ator/diretor/escritor das antigas que está lançando obra nova e vai fazer propaganda. Nesse caso, o Jô sempre fica relembrando histórias com o convidado, eles ficam num papinho de mesa de bar que só eles entendem. Pode ocorrer de o Jô querer falar de quando jogava hóquei e pedir pra mostrar a foto. O papo se desenrola mais ou menos assim:

JÔ: "Mas me diz uma coisa, Paulinho, como anda o seu pai?"
CONVIDADO: "Ah, tá tudo certo, né, Jô. Tá na novela agora, tá no teatro..."
JÔ: "Ah, ele tá no teatro Babi Ferreira, né."
CONVIDADO: "Isso, isso."
(agarrando o braço do convidado): "Você sabe que uma vez, quando eu escrevia pro Pasquim, estávamos eu, o Ziraldo... o Zé - Zé Celso Martinez -, e o seu pai..." (A história continua até que o convidado e o público dêem uma risadinha amarela e o Bira dê uma de suas risadas. A entrevista continua:) "Então você tá lançando um livro." (bota o livro no pedestalzinho)
CONVIDADO: "Sim, é o meu primeiro romance. Eu sempre escrevi, né, Jô, você sabe. Mas agora eu finalmente resol..."
: "Sem querer te interromper mais já interrompendo... isso me lembra de uma história ótima. Quando eu escrevia pra Família Trapo, estávamos eu, o Zé Celso Martinez, o Chico Anysio e o seu pai..."


"Tinha um troço desse tamanho na mão do Zé Celso..."

d) Banda. Pode ser também o caso de um artista solo, que invariavelmente vai tocar no Bourbon Street. Mas com a banda ele apresenta todo mundo, tira sarro com o baixista ("conhece o baixo cubano? O Bira conhece, diz que se chama 'cubaixo'") e pede pra todo mundo bater palma só depois que ele apresentar o último integrante da banda.

Pra fechar, uma previsão: aguardem pelo talk-show do Marcos Mion, no qual ele imita o Conan O'Brien.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Descarrego de sexta



Dessa vez, uma vibe MINIMAL-POP, ou o que quer que seja. É daquelas grudentas. E o clipe é assaz interessante também.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Que doença



Tirei do Trabalho Sujo, essa versão technopop alemã do Trem da Alegria - só que sem a alegria.

Olha essa logo. O ritmo de velório do começo. Olha a empolgação deles, de quem parecem mal saber o que estão cantando. Olha o bigodinho do guri da direita. Olha o naipe blasé da menina. Ela inclusive resolve SE SENTAR na metade da música. Anti-sistema total. Percebam como é tudo mal ensaiado na parte do rap.

E esses pijamas. Notem que tem uma criança a mais cantando, mas que não aparece nas fotos - apesar de fazer um rap na metade. O bigodudo da direita, aquele com cara de boliviano, canta com a mão no bolso. Ninguém se importa com nada. As pessoas na plateia conseguem ser ainda menos empolgadas que eles. A famosa ginga alemã. Esse cenário inexplicável.

Que coisa sensacional.

Em tempo: outro vídeo deles, agora um pouco mais evoluídos:



Mas só um pouco.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Tem algo de fantasmagórico nessa foto



É ou não é? Não sei se cara da Dona Clotilde, a cara de raiva da Chiquinha, os três meio que como se estivessem num velório, o fato de ter sido batida da televisão e isso mudar a qualidade dela, o fato de aparentemente ser uma imagem menor que foi aumentada pelo Terra e isso gerar ruído no resultado final...

Que loucura, minha gente.